O site Leite Quentee News publicou release sobre o livro “O Silêncio dos Livros”. Confira abaixo!

Admitiremos a CENSURA aos livros?

A apreensão de livros ocorrida na Bienal do Rio parece ter sido antecipada na obra “O Silêncio dos Livros”, do escritor Fausto Panicacci, lançada este ano.

Internacional do Livro do Rio mostram que estamos longe de termos atingido uma convivência pacífica com os que pensam diferente. A intolerância revela-se. O fato de se mandar recolher uma publicação, rotulando-a de ofensiva, por não se concordar com seu conteúdo, demonstra que sempre haverá quem queira controlar – e proibir – o que os outros leem.
No universo ficcional de O Silêncio dos Livros, do Doutor em Ciências Jurídicas Fausto Panicacci, a trama tem início com a frase de impacto, estampada em uma placa: “TER LIVROS É CRIME. DENUNCIE”.
Preso pelo “ato subversivo” de possuir livros, o personagem António, um culto e destemido editor, explica ao companheiro de cárcere o que está ocorrendo “lá fora”:
“A ideia primordial era a de que tudo deveria submeter-se à ‘soberania do eu’; como, porém, a satisfação plena dos múltiplos ‘egos’ encontrava obstáculo nos livros – que não comportavam modificações conforme os caprichos de cada ‘ego’ – só deveriam ser permitidos livros digitais nos quais qualquer pessoa pudesse efetuar cortes e acréscimos. (…) Livrarias foram atacadas, bibliotecas depredadas, acervos digitais destruídos por vírus, e a proibição aos livros tornou-se um dos principais tópicos em campanhas eleitorais” (O Silêncio dos Livros, p. 92),
A obra não fala só desse tema: trata também do impacto da tecnologia na vida do ser humano, das relações familiares, perda da inocência, amizade, solidão, culpa e redenção. Ao tratar de um tempo sombrio em que os livros são proibidos, liga-se à tradição de obras como “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, e, mais recentemente, “A sombra do vento”, de Carlos Ruiz Zafón, e “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak.
O Silêncio dos Livros nos fala ainda sobre o papel da Literatura, pois “através das personagens conseguimos observar o mundo com outros olhos, saboreando vidas que não as nossas e, assim, melhor entender os que nos cercam” (p. 99). Obra indispensável em tempos de intolerância.Leite Quentee News